Sábado, 27 de Julho de 2024

Superintendente do Piauí faz pressão para PFAs reassumirem cargos
Peritos, no entanto, reiteraram que não compactuam com a atual gestão

Na última terça-feira, 3/12, os Peritos Federais Agrários da SR-24 (Piauí) foram convocados para uma reunião urgente com o Superintendente da unidade, Francisco das Chagas Lima. O memorando de convocação foi direcionado para a Divisão de Obtenção, sem pauta.

Ao chegar o horário marcado, os Peritos foram recebidos pelo Superintendente. Os presentes relatam que sua postura era a de atitudes ameaçadoras. Ele estava com a lista do PFAs e fez a chamada e, em seguida, passou lista de presença. Seu objetivo, claro em sua fala, era pressionar os profissionais que entregaram seus cargos a reassumi-los, tendo em vista a aceitação da proposta salarial do Ministério do Planejamento. Foi nesse momento que o Delegado Sindical do SindPFA na SR, Marcelo Parente, entregou o Ofício do SindPFA em que comunicava ao Ministério do Planejamento a decisão da categoria. Tal ofício deixava claro o descontamento da categoria em ter de aceitar a proposta, razão pela qual nenhuma mobilização se findou com o acordo.

Em menos de três minutos de fala, o superintendente pediu que os PFAs tomassem a palavra. Marcelo Parente, porém, retrucou informando que os Peritos estavam ali para ouvi-lo falar. Segundo relatos, a partir desse momento o clima ficou tenso, pois o superintendente elevou o tom de voz e fez algumas ameaças.

Em toda a reunião, nenhum PFA se manifestou, apenas o Delegado Sindical, o que deixou o superintendente irritado. Para finalizar, o Marcelo Parente informou que seria enviada uma resposta oficial, por meio de ofício, até a sexta-feira, 6/12. O documento foi então protocolado na manhã da data prometida, juntamente com a Nota do SindPFA em resposta à Nota Conjunta do Incra/MDA.

O ofício ainda faz menção à fala desrespeitosa de Francisco Lima em entrevista à afiliada Rede Globo local, em 4 de novembro. Veja abaixo o documento protocolado na superintendência nesta sexta.

Por KASSIO ALEXANDRE BORBA

Coordenador Executivo