Diante da perspectiva de cenário que se desenha pelas ações propostas, nós, associados ao SindPFA em Mato Grosso do Sul, expressamos por meio deste nossa preocupação com o futuro próximo da nossa carreira.
Inicialmente, esclareça-se que no nosso ponto de vista, não existe nenhuma proposta salarial pior do que ficarmos sem nenhum reajuste para o próximo ano. Ficar sem aumento no ano de 2013 foi uma aposta da categoria na intenção de conseguirmos uma melhor oferta do governo. Entendemos porém que, em caso de fracasso nas negociações por inflexibilidade dos nossos interlocutores, devemos reavaliar nosso posicionamento, aceitando a já batida tabela antes oferecida.
Não enxergamos nenhum poder de convencimento suficiente para comoção da sociedade, por mais espalhafatosa que possa ser uma campanha midiática a nosso respeito, a ponto de fazer mudarem de ideia aqueles que decidem sobre nosso reajuste financeiro. Inclusive, através de fontes políticas aqui do Estado, recebemos a informação que o Planejamento não mexerá uma vírgula na proposta oferecida. Portanto, este é um ponto de grande apreensão da nossa parte, pois através de opiniões postadas em alguns veículos pelos colegas, vemos que muitos deles não têm essa percepção. Até mesmo nosso presidente parece fomentar essa ilusão por comparar nosso pleito com aquele que promoveu recuo nas tarifas de ônibus na cidade de São Paulo. São na verdade casos incomparáveis não só em proporção, mas como já dito, em poder de comoção popular.
Mesmo que a diretoria do SindPFA tenha a certeza de que a antiga proposta pode ser aceita até o dia 31 de dezembro, não há para nós clara certeza de que uma nova oferta é algo que espontaneamente o governo pense em fazer. De qualquer forma, não achamos nem um pouco sensato prorrogarmos essa agonia que permeia a vida de nós, PFA do Brasil todo, até o fim do ano. Solicitamos então, definição até final do mês de outubro.
É preciso pensar a partir de agora no termo Reestruturação de Carreira não apenas como melhoria na nossa remuneração, mas em redefinição da função, até mesmo com inclusão de atribuições. Talvez os boatos de extinção da Autarquia ainda demore muito tempo para se concretizar. Mas a Reforma Agrária certamente não voltará a ter o peso que já teve num passado recente e nossa atividade profissional não pode depender exclusivamente desse ramo.
Voltando à famigerada tabela, já temos até mesmo colegas aposentados, que seriam sem dúvida os maiores prejudicados com sua implementação, manifestando disposição em aceitá-la. Repensemos os demais então nosso ponto de vista a respeito.
Outro ano sem reposição algo inaceitável!
Por MAURICIO JOSE GUERRINI
PFA na SR - 16 / MS
Graduação em Engenharia Agronômica
Ingressou no Incra em 24/03/2008
Saiu da carreira em 29/10/2014
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