Todos os dias são dias do Engenheiro Agrônomo. No nosso caso, todos os dias são daqueles que lutam para melhorar as condições de trabalho no Incra, onde estão lotados. Dos que lutam por um novo ambiente institucional em que seja possível desenvolver todo o seu potencial de trabalho e, assim, contribuir com o desenvolvimento sustentável do país de forma mais efetiva.
Todos os dias são daqueles que, depois de anos de luta, finalmente veem sua demanda pelo fornecimento de equipamentos de proteção individual ser atendida sob sentença judicial. Uma demonstração da nossa capacidade de enfrentamento à desconsideração geral aos servidores que permeia essa instituição, apesar dos grandes avanços na gestão de pessoal nos tempos modernos.
Mesmo em meio às dificuldades vividas nos últimos tempos, os Engenheiros Agrônomos, reunidos no SindPFA, acumularam algumas vitórias políticas importantes, evoluíram em relações institucionais, na defesa dos direitos coletivos no aspecto jurídico.
Sabemos que o momento é difícil. Precisamos ter maturidade para entender a situação no curto prazo, repleta de adversidades, mas também de amplas possibilidades no médio prazo. Hoje adquirimos respeito técnico pela elaboração de um projeto de reestruturação da política agrária, oferecendo ao país uma grande oportunidade de conhecer, organizar as suas terras para possibilitar políticas públicas estratégicas. Esse trabalho tem conquistado a simpatia de órgãos afins, de entidades e da sociedade civil e nos dá uma boa base de trabalho para os próximos períodos.
Esses Engenheiros Agrônomos são os que, apesar de todas as dificuldades, decidiram construir o seu sindicato para organizar a categoria em todo o território nacional. Não podem abrir mão de suas conquistas até aqui: de atividade em atividade, vão consolidando a sua organização sindical e o crescimento da consciência política de seus sindicalizados.
É inequívoco, pois, que todos os dias são dos que acreditam que vale a pena lutar por uma nova e melhor realidade. No entanto, convencionaram eleger um dia para celebrar o trabalho dos Engenheiros Agrônomos. Nesse dia 12 de outubro, ficam as nossas congratulações pelo trabalho, tão indispensável, mas também nosso agradecimento pela confiança, que nos faz continuar a lutar pela reestruturação da carreira de Perito Federal Agrário, pela contínua profissionalização e por um melhor ambiente de trabalho.
A realidade demanda que nós creiamos que é possível alcançar um desenlace positivo para esses desafios e, assim, exige nosso engajamento na sua realização. Há uma imensa capacidade entre os profissionais que integram nossa base e, certamente, os Engenheiros Agrônomos responderão a grandiosa tarefa.

no SindPFA
PFA na Superintendência Regional SR - 28 / DFE
Ingressou no Incra em 26/03/1997
Caros amigos,
Neste dia 12 de outubro, celebraremos mais uma vez o Dia do Engenheiro Agrônomo. E este é o motivo desta palavra.
É claro que eu gostaria de estar em uma condição melhor para poder lhes dirigi-la. A realidade não me permite congratulá-los, como dirigente sindical, com propriedade. Apesar, é claro, da relevância e importância que tem o trabalho de cada um de vocês e que, por si só, mereceriam neste dia as mais belas homenagens. Mas, como carreira, presenciamos um descaso sem precedentes e, consequentemente, há uma grande desmotivação entre nós.
Outrora, muitos Engenheiros Agrônomos escolheram trabalhar num Incra que era um dos mais prestigiados órgãos federais. Com o protagonismo destes profissionais, responsáveis pelas áreas-fim deste órgão, o Incra representava e resumia em si a presença do Estado nas regiões mais longínquas. Enfrentaram terras até então desconhecidas e levou produtores para ocupar as áreas da Amazônia Legal. Sua atuação foi responsável por criar muitos municípios e até boa parte do Estado de Rondônia, por exemplo. Fizeram, posteriormente, uma grande reforma agrária, mas que agora vê se encerrar por uma decisão de governo.
Muitos destes profissionais, com trinta ou mais anos de carreira, ainda trabalham entre nós e é nítido seu desgosto em ver definhar o que construíram ao longo dos anos, por um governo inconsequente. Outros muitos, que já entraram neste Incra um pouco mais tarde, nos quais me incluo, e talvez nutrissem a esperança de ver revigorada uma missão que já foi precípua para o Estado brasileiro. Mas, infelizmente, não vimos isso acontecer ainda.
Quantos de nós não se contentaram com a graduação, cursaram especialização, mestrado, doutorado, alguns até são docentes em universidades. Um grande acúmulo de conhecimento está depositado na carreira do Perito Federal Agrário. Mais uma vez, lamento que isso não seja levado em consideração por este governo de imposição.
Mas a vida é feita de momentos. Espero que, em breve, estejamos vivendo um diferente que esse, melhor. Sabemos que o abismo criado pelo governo entre nossa carreira e outras assemelhadas, o descaso com que vimos sendo tratados e o desgaste que isso provoca dificilmente serão resolvidos de uma forma definitiva ou passarão sem deixar cicatrizes sérias. Nosso presidente, o Ricardo, por exemplo, foi recomendado pelo médico a se afastar das suas atividades aqui por alguns dias. Pudera, muito tem feito por nós e, dada nossa limitação de capacidade, muito recaiu sobre seus ombros. Desejo, desde já, que se recupere e volte com todo “gás” que a categoria precisa. E faço votos de que possamos escrever, num futuro próximo, um novo texto nesse espaço, com palavras bem mais animadoras.
Certamente, quando, há exatos 80 anos, o Chefe do Governo provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, Getúlio Vargas, assinava o Decreto Federal nº 23.196, em 12 de outubro de 1933, que regulava o exercício da profissão agronômica, acredito que ele não imaginava que um dia este profissional vivesse uma situação degradante como a que vivemos hoje, como carreira formada por engenheiros agrônomos.
Mas isso não nos abate. Apenas evidencia que um governo formado por um partido chamado “dos trabalhadores”, não os respeite no âmbito do próprio corpo administrativo que está sob sua gestão. Como Sindicato, continuaremos a fazer o que está ao nosso alcance para que sejamos valorizados.
Contudo, caros, prefiro que esta palavra seja lembrada pelas congratulações que o dia exige, pela força e coragem sempre demonstradas pelos colegas, e por tudo o que representa o exercício da Engenharia Agronômica. A escolha pela Agronomia não é uma decisão simples, e passa pelo desejo louvável de fazer mais pela terra e por quem precisa dela. Há muita beleza por trás dessa opção. Gostaria que se lembrem nesse dia, de muitas pessoas, muitas famílias que hoje desfrutam da terra e do que ela oferece graças ao seu trabalho. Você pode ter feito diferença na vida de muitos e, com certeza, fez. E isso é o que exalto nesse dia de hoje e que muito nos honra de ocupar o espaço em que estamos.
Parabéns, colega. Você muito nos orgulha, todos os dias. E, por você, continuaremos a lutar.

no SindPFA
PFA na Superintendência Regional SEDE / DF
Ingressou no Incra em 02/01/2008