O SindPFA vem a público expressar sua indignação a respeito do material divulgado no dia 14/8/2018 nas redes sociais que, de forma descontextualizada e maniqueísta, se referiu ao documento do SindPFA – “O Brasil precisa de uma Nova Governança Agrária” – distribuído recentemente aos nossos filiados.
Trata-se de uma cartilha atualizada, produzida em julho de 2018, que aborda o tema Governança Agrária em uma nova versão, mas de mesmo conteúdo, de um material institucional produzido pelo Sindicato em julho de 2017, sobre um conjunto de políticas ligadas ao Ordenamento da Estrutura Fundiária. Ações estas que devem contar, inclusive, com uma atuação multi e interdisciplinar das carreiras do Incra.
Esses documentos foram produzidas a partir de uma visão de órgão que coloca o Incra como responsável pela Governança Agrária do país, algo hoje distante, haja vista a distribuição/dispersão/sobreposição das políticas agrárias, em especial àquela relacionada com a regulação de terras no Brasil. Esta visão é fruto de uma longa discussão da categoria, iniciada há mais de 7 anos, quando da realização do 1º e do 2º Congresso Nacional dos Peritos Federais Agrários em 2011 e 2016, respectivamente e que não tem relação com o momento atual de luta unificada das carreiras pela fortalecimento do Incra e valorização dos servidores.
Este tipo de montagem promove a distorção da verdade, levando o leitor a fazer associações deturpadas. Sendo assim, o debate desce apenas ao nível das fake news, as famosas notícias falsas, que não expressam a realidade e são compartilhadas na internet como se verídicas fossem. Normalmente, o objetivo de uma fake news é criar polêmica, na tentativa de denegrir a imagem de alguém ou de alguma instituição. Entretanto, o SindPFA tem construído, ao longo dos anos, uma imagem pautada em um debate aberto, feito com respeito e com propostas concretas. Temos nos apresentado para o debate e estamos sempre dispostos a escutar posições contrárias e nos adaptarmos. Afinal de contas, o debate deve ser democrático e de construção coletiva.
A produção destas fake news, em um momento em que a Direção da Autarquia e as entidades de representação dos servidores estão trabalhando em conjunto, em prol do fortalecimento do Incra e da valorização funcional, é, no nosso entender, uma tentativa de promover a nossa desunião. As propostas do SindPFA de que trata a cartilha distribuída aos Peritos Federais Agrários não deve ser confundida com os trabalhos que estão sendo feitos no Congresso Nacional para defesa da reestruturação das carreiras. Afinal, são trabalhos com focos diferentes.
Sobre a foto com o Dep. Jair Bolsonaro, também divulgada na fake news e de forma editada, foi na verdade um encontro dos servidores com o então pré-candidato e ocorreu por sugestão do colega servidor da base do Rio de Janeiro, onde este questionou o congressista sobre sua visão a respeito da Autarquia. Foi apenas um registro desse momento. Fazer qualquer associação pessoal ou institucional com algum candidato ou corrente ideológica específica e associá-la a um suposto desmonte do Incra, é faltar com a verdade. A foto em questão nunca foi objeto de postagem oficial do SindPFA em seus canais de comunicação, muito menos nas mídias sociais do Diretor Presidente.
Seguem abaixo fotos retiradas no mesmo dia com os Deputados Jair Bolsonaro (PSL/RJ), Áureo (Solidariedade/RJ) e Zé Silva (Solidariedade/MG).
O SindPFA reafirma o compromisso de lutar pela reestruturação das carreiras do Incra de forma conjunta com demais entidades de representação, inclusive pautando pela paridade de remuneração das carreiras de Peritos e Analistas e seguirá atuando em parceria com a Direção da Autarquia na consolidação desse propósito.
A atual Diretoria Colegiada está convicta de que vêm atuando com todos os esforços para representar os interesses de seus associados. O Sindicato permanece pautando suas atividades com independência, levando adiante ações que visem à qualificar o trabalho do Incra e de suas políticas públicas para a sociedade, dentro de uma visão crítica da realidade, lutando por uma gestão técnica, profissional e eficiente da autarquia, bem como pelo reconhecimento e valorização das carreiras, estratégicas para o Estado brasileiro.