Nessa quarta-feira, 20/11, os PFAs Haroldo Araújo (Diretor de Política Sindical e Delegado Sindical em Sergipe) e Priscila Martinelli (Delegada Sindical em Pernambuco), que vieram a Brasília para auxiliar a Diretoria nas atividades relacionadas à Campanha Salarial, estiveram em Audiência Pública na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados, onde estiveram presentes a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e o secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
Antes da reunião, os PFAs conseguiram falar com o secretário Sérgio Mendonça, e o questionaram acerca do recebimento da contra-proposta apresentada pelo SindPFA em 8 de novembro. O secretário afirmou ao grupo que a recebeu, fez os cálculos e que a tabela está “muito além do limite do governo”. Perguntado se a proposta não poderia nem contemplar questões sensíveis à categoria, como o VB e a amplitude total, Mendonça afirmou que “não haveria possibilidade”. Os PFAs solicitaram, então, que o MPOG responda oficialmente ao Sindicato, o que ele disse que faria.
A presença da ministra no Congresso, que é rara, atraiu vários parlamentares, que estiveram presentes para questioná-la sobre diversos assuntos, represados pela dificuldade em contactá-la formalmente. Os deputados Jesus Rodrigues e Valmir Assunção, por exemplo, já apresentaram ao SindPFA ofícios de solicitação de audiência não atendidos pela titular da pasta.
Entre os presentes na Audiência Pública desta quarta, estava o deputado federal Jesus Rodrigues (PT/PI), da base de apoio aos Peritos Federais Agrários, que questionou a ministra sobre o tratamento dado à carreira.
Após as várias manifestações de deputados, a ministra retomou a palavra para respondê-los. Ao falar ao deputado Jesus Rodrigues, a ministra repetiu que a proposta feita aos Peritos Federais Agrários já é diferenciada das demais e que não poderia propor “mais do que já é além”. Disse que “infelizmente, eles não aceitaram a proposta”, e que lamenta “que eles tenham feito isso pela segunda vez”. Ela afirmou que a rejeição dos PFAs à proposta os deixou de “coração partido”.
A ministra afirmou que a defasagem se dá em parte pela recusa de uma “boa” proposta salarial em 2009. Ou seja, Miriam Belchior repetiu o discurso que o governo vem tentando impregnar há algum tempo: de que os próprios PFAs são os responsáveis pela situação de defasagem salarial em que se encontram, afirmação que o Sindicato já combate há tempo, veja aqui.
A ministra disse ainda que “espera que as 3 categorias que ainda não firmaram acordo (Agentes da PF, DNIT e PFAs) aceitem ainda a proposta”, antes do fechamento do Orçamento em 2013. Veja abaixo o vídeo da audiência pública, somente com as falas referentes ao assunto.
Coordenador Executivo