Sábado, 20 de Abril de 2024

Ministra do Planejamento diz que está de “coração partido” por não ter feito acordo com os PFAs
Em audiência pública na Câmara, ela falou da situação da categoria

Nessa quarta-feira, 20/11, os PFAs Haroldo Araújo (Diretor de Política Sindical e Delegado Sindical em Sergipe) e Priscila Martinelli (Delegada Sindical em Pernambuco), que vieram a Brasília para auxiliar a Diretoria nas atividades relacionadas à Campanha Salarial, estiveram em Audiência Pública na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados, onde estiveram presentes a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e o secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.

Antes da reunião, os PFAs conseguiram falar com o secretário Sérgio Mendonça, e o questionaram acerca do recebimento da contra-proposta apresentada pelo SindPFA em 8 de novembro. O secretário afirmou ao grupo que a recebeu, fez os cálculos e que a tabela está “muito além do limite do governo”. Perguntado se a proposta não poderia nem contemplar questões sensíveis à categoria, como o VB e a amplitude total, Mendonça afirmou que “não haveria possibilidade”. Os PFAs solicitaram, então, que o MPOG responda oficialmente ao Sindicato, o que ele disse que faria.

A presença da ministra no Congresso, que é rara, atraiu vários parlamentares, que estiveram presentes para questioná-la sobre diversos assuntos, represados pela dificuldade em contactá-la formalmente. Os deputados Jesus Rodrigues e Valmir Assunção, por exemplo, já apresentaram ao SindPFA ofícios de solicitação de audiência não atendidos pela titular da pasta.

Entre os presentes na Audiência Pública desta quarta, estava o deputado federal Jesus Rodrigues (PT/PI), da base de apoio aos Peritos Federais Agrários, que questionou a ministra sobre o tratamento dado à carreira.

Após as várias manifestações de deputados, a ministra retomou a palavra para respondê-los. Ao falar ao deputado Jesus Rodrigues, a ministra repetiu que a proposta feita aos Peritos Federais Agrários já é diferenciada das demais e que não poderia propor “mais do que já é além”. Disse que “infelizmente, eles não aceitaram a proposta”, e que lamenta “que eles tenham feito isso pela segunda vez”. Ela afirmou que a rejeição dos PFAs à proposta os deixou de “coração partido”.

A ministra afirmou que a defasagem se dá em parte pela recusa de uma “boa” proposta salarial em 2009. Ou seja, Miriam Belchior repetiu o discurso que o governo vem tentando impregnar há algum tempo: de que os próprios PFAs são os responsáveis pela situação de defasagem salarial em que se encontram, afirmação que o Sindicato já combate há tempo, veja aqui.

A ministra disse ainda que “espera que as 3 categorias que ainda não firmaram acordo (Agentes da PF, DNIT e PFAs) aceitem ainda a proposta”, antes do fechamento do Orçamento em 2013. Veja abaixo o vídeo da audiência pública, somente com as falas referentes ao assunto.

Caso não consiga visualizar o vídeo, clique aqui.

Por KASSIO ALEXANDRE BORBA

Coordenador Executivo

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