Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

NOTA PÚBLICA: Fonacate rechaça PLP 257/2016 que resulta em duras medidas contra servidores públicos
Projeto é ataque sem precedentes aos trabalhadores do setor público

Em nota pública divulgada nesta quinta-feira (31), o Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) manifesta inconformidade com os termos do PLP nº 257/2016 –  que estabelece o Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal e medidas de estímulo ao reequilíbrio fiscal. De acordo com a nota, ao alongar as dívidas dos Estados e do Distrito Federal, a proposta exige como contrapartida a adoção de duras medidas contra os servidores públicos, em um prazo de 180 dias da assinatura dos termos aditivos com a União.

“Em um momento que o país requer medidas de estímulo à economia e de resgate da confiança do mercado, o governo anda na contramão, e propõe ações que implicarão redução salarial e aumento do desemprego”, destaca o documento. Leia a íntegra da nota abaixo.


NOTA PÚBLICA

O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado – FONACATE, que representa mais de 180 mil servidores públicos que desempenham atribuições imprescindíveis ao Estado brasileiro, ligadas às áreas de segurança pública, fiscalização e regulação do mercado, ministério público, diplomacia, arrecadação e tributação, proteção ao trabalhador e à saúde pública, inteligência de Estado, formulação e implementação de políticas públicas, prevenção e combate à corrupção, fiscalização agropecuária, segurança jurídica e desenvolvimento econômico-social, manifesta sua inconformidade com os termos do PLP nº 257/2016 que, ao alongar as dívidas dos Estados e do Distrito Federal, exige como contrapartida a adoção de duras medidas contra os servidores públicos, em um prazo de 180 dias da assinatura dos termos aditivos com a União.

Com efeito, nesse ataque sem precedentes aos trabalhadores do setor público, a União exige a publicação de leis com os seguintes propósitos: congelamento de salários; suspensão da admissão de pessoal; demissão de servidores; limitação da concessão de benefícios, progressões e vantagens; instituição de regime de previdência complementar; elevação da contribuição previdenciária para 14% e; alienação de empresas públicas. São, em suma, medidas que responsabilizam exclusivamente os servidores públicos pelos descalabros da gestão fiscal, quando a sociedade sabe que foram medidas populistas e inconsequentes que desarranjaram as contas públicas.

Este Fórum manifesta sua irresignação com a adoção de medidas dessa envergadura sem um amplo, profundo e necessário debate com a sociedade brasileira. Mais do que isso, com o fato de serem adotadas com vistas à obtenção de sustentação política, apesar do rótulo da austeridade fiscal. Por fim, em um momento que o país requer medidas de estímulo à economia e de resgate da confiança do mercado, o governo anda na contramão, e propõe ações que implicarão redução salarial e aumento do desemprego.

Brasília, 31 de março de 2016

RUDINEI MARQUES
Presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado
Presidente do UNACON SINDICAL – Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle

DARO MARCOS PIFFER
Secretário-Geral do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado
Presidente do SINAL – Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central


Compõem este Fórum:

  • AACE – Associação dos Analistas de Comércio Exterior
  • ADEPOL – Associação dos Delegados de Polícia do Brasil
  • ADPF – Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
  • ADB – Associação dos Diplomatas Brasileiros
  • AFIPEA – Associação dos Funcionários do IPEA
  • ANER – Associação Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras Federais
  • ANESP – Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental
  • ANFFA SINDICAL – Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários
  • ANFIP – Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil
  • ANMP – Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social
  • AOFI – Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência
  • APCF – Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais do Departamento de Polícia Federal
  • ASSECOR – Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento
  • AUDITAR – União dos Auditores Federais de Controle Externo
  • CONAMP – Associação Nacional dos Membros do Ministério Público
  • FEBRAFITE – Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais
  • FENAFIM – Federação Nacional dos Auditores e Fiscais de Tributos Municipais
  • FENAFISCO – Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital
  • SINAIT – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho
  • SINAL – Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central
  • SINDCVM – Sindicato Nacional dos Servidores Federais Autárquicos nos Entes de Promoção e Fiscalização do Mercado de Valores Mobiliários
  • SINDILEGIS – Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do TCU
  • SINDIFISCO NACIONAL – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil
  • SINDPFA – Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários
  • SINDSUSEP – Sindicato Nacional dos Servidores da Superintendência de Seguros Privados
  • UNACON SINDICAL – Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle
  • UNAFISCO NACIONAL – Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil

Por KASSIO ALEXANDRE BORBA

Coordenador Executivo